quinta-feira, 9 de maio de 2013

Pastoral da Juventude reafirma luta contra a violência em Seminário Nacional


Lideranças juvenis de todas as regiões do país estiveram em Brasília para atividade sobre a Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens

“Não à redução da maioridade penal e sim a favor da vida das juventudes”. Esse foi o grito dos mais de 150 participantes do Seminário da Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens ao encerrarem a atividade realizada, em Taguatinga (DF), entre os dias 03 a 05 de maio de 2013.
O evento reuniu pessoas de todo país. Jovens e adultos, religiosos, leigos, que aprofundaram os caminhos para fortalecer a pauta sobre a defesa da vida da juventude e garantia de seus direitos. “A Campanha já se estabeleceu, mas ela precisa ter uma continuidade. Agora temos um olhar de onde a gente está e para onde a gente vai”, afirmou a jovem Elisangela Hahn, da Arquidiocese de Curitiba no Paraná, ao avaliar a importância da atividade.
Para se estabelecer os caminhos para a Campanha foram abordados seis temas centrais: violência e extermínio; tráfico humano (prostituição e trabalho escravo); violência e uso de drogas; redução da maioridade penal; aprisionamento e cárcere; e segurança pública, educação e trabalho. Para a assessora Arleth Gonçalves, da Arquidiocese de Belém do Pará, o extermínio da juventude não pode continuar invisível para a sociedade. “Por isso, os jovens do Brasil se reuniram para dar horizonte à Campanha, levando de volta para os seus estados a esperança que muitas vezes é perdida devido a tantas forças contrárias à nossa causa”, frisou a assessora.
Não só a análise e o debate sobre os rumos da Campanha estiveram em pauta. A avaliação das ações e das conquistas já realizadas ao longo dos quatro anos da iniciativa, também estiveram presente. O jovem Felipe Freitas, que coordena o projeto “Juventude Viva” do governo federal, enfatizou que a Campanha foi a principal ação para pautar o tema na sociedade e motivar a criação dessa e de outras políticas públicas. 
A participação de representantes do poder público e de diversas organizações juvenis foi acompanhada de diálogos e conversas a respeito do posicionamento da Pastoral da Juventude contra a redução da maioridade penal. “Dizemos não por acreditar que a redução trata o efeito e não a causa. Além disso, o sistema prisional não reinsere ninguém na sociedade”, esclareceu o jovem Gil Kairós, da Pastoral da Juventude do Piauí.
O evento contou com a parceria da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN), Coordenadoria de Juventude do Distrito Federal, Cáritas Brasileira e o apoio da Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, Adveniat e DKA Áustria. A atividade contou também com a assessoria de Carmem Lúcia Teixeira, do CAJUEIRO: Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em juventude.
Segundo Fr. Rubens Nunes, assessor da CRB Nacional na área de juventude, “o Seminário Nacional revelou a capacidade das lideranças da Pastoral da Juventude de organização e consciência social e ao mesmo tempo nos alertou para a emergência sobre o risco da redução da maioridade penal”, destacou o religioso.
 Destaca-se, ainda, a memória feita ao longo do Seminário, sobre as pessoas que doaram suas vidas em favor dos empobrecidos, em especial das juventudes. Como gesto concreto desta memória, foi entregue a cada participante um pouco da terra do local onde foi assassinado (2009) Pe. Gisley Azevedo Gomes, então assessor do Setor Juventude da CNBB. O símbolo foi utilizado como envio aos jovens que levarão as discussões e assuntos para os grupos de base de todo o Brasil.
 
A Campanha
  Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens teve início, no ano de 2008, em ação articulada das Pastorais da Juventude do Brasil e de diversas organizações. A ação busca fomentar e provocar toda sociedade para o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente, o extermínio de milhares de jovens no Brasil. Com isso, a Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte juvenil.









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